Produtores de leite de Cotriguaçu, Juína e Juruena contam com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) e da Iniciativa para Comércio Sustentável (IDH) para construírem uma agenda de preservação da floresta amazônica nas propriedades rurais, seguindo as normas do Cadastro Ambiental Rural (CAR), por meio do projeto “Nosso Leite”.
A parceria tem como objetivo orientar os produtores locais a se desenvolverem de forma sustentável e, também, se regularizarem conforme às normas ambientais. Ao todo, 46 propriedades já participam do projeto, que, neste ano, foi expandido para Juína, onde 10 produtores de leite aderiram ao programa.
Para a coordenadora da agência do Sebrae/MT em Juína, Andréa da Costa, o projeto é uma conquista para a agricultura familiar da região.
“Estamos trabalhando para que estes pequenos produtores se desenvolvam economicamente e de forma sustentável. Cada propriedade desta mantém 80% de área preservada. O projeto surgiu como uma solução para este desafio que ainda é pertinente para muitos empreendedores e é notável a diferença que ele faz no dia a dia de cada um”, destaca.
Além deste projeto, o Sebrae/MT e o IDH, bem como outras entidades públicas ou privadas, como a Ascom, CDL, Câmara Municipal de Juína, Empaer, IFMT, Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI), Prefeitura de Juína, Sicredi e Sicoob, são signatárias do Pacto PCI de Juína, que tem como um dos principais objetivos a recuperação das áreas de preservação permanente e nascentes como a do Rio Perdido.
Dia de Proteção às Florestas
Neste dia 17 de julho, em que celebra o Dia Nacional de Proteção às Florestas, o gerente do “Programa Brasil” do IDH, Alex Schmidt, destaca que iniciativas voltadas à preservação ambiental são fundamentais para construir um futuro mais promissor.
Segundo Schmidt, os proprietários que fazem adesão ao projeto tendem a obter maiores benefícios e liderar no protagonismo ambiental. “Estes produtores atuam na conservação da biodiversidade, na proteção dos recursos naturais e na promoção do desenvolvimento sustentável. A preservação da biodiversidade serve como um refúgio para a flora e fauna locais, auxilia na manutenção dos processos ecológicos e pode contribuir para a melhoria da qualidade da produção agropecuária, pois realiza a manutenção dos recursos hídricos, conserva o solo e oferece conforto térmico para os animais”, pontua.
O produtor de leite, Gilcemar Brambilla, da Estância Cambuquira, em Cotriguaçu, destaca o impacto positivo do projeto tanto para ele, quanto para a comunidade. “A preservação da floresta é necessária e estamos fazendo o nosso trabalho em preservá-la. Para uma propriedade igual a minha, que é uma empresa familiar, é praticamente impossível a produção do leite sem o apoio técnico e o conhecimento do Sebrae Mato Grosso e do IDH. Notamos uma melhora na qualidade na nossa produção e na qualidade de vida dos animais”, salienta.
