O afogamento é um dos principais riscos associados a ambientes aquáticos, como piscinas, lagos e rios. Saber como prevenir e como agir ao presenciar este acidente é crucial para salvar vidas. Por isso, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) reforça as orientações sobre a adoção de medidas simples, porém eficazes, de prevenção.
Em Mato Grosso, o período quente e seco dos meses de julho a setembro atrai muitas pessoas para os ambientes aquáticos em busca de alívio do calor. Entretanto, é crucial manter a atenção, pois a maioria dos afogamentos no Brasil acontece em águas doces, como rios, lagos, lagoas e piscinas.
Nesses locais, os riscos são diversos. E apesar de cada ambiente aquático apresentar riscos específicos e ações de segurança distintas, existem recomendações universais para minimizar esses riscos e evitar tragédias, de acordo com o especialista em salvamento aquático pelo CBM-MT, major BM Felipe Mançano Saboia.
Respeitar as sinalizações e regras de segurança dos locais é a principal delas, pois elas foram elaboradas para identificar as áreas mais seguras para o banho. Além disso, a altura e o volume da água são aspectos a serem observados. Água na cintura já é um indicativo de risco a qualquer pessoa, independentemente da idade, reforça o major Saboia.
Outro ponto importante é nunca nadar sozinho. É essencial estar sempre acompanhado para que alguém possa pedir ajuda se necessário. Inclusive, quando se trata de crianças, a atenção deve ser redobrada e a vigilância frequente, pois o afogamento é a principal causa de morte de crianças entre 1 e 4 anos no Brasil, de acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).
A orientação é nunca deixar as crianças sem supervisão próxima quando estiverem em ambientes aquáticos. Mesmo em piscinas rasas, ou com o uso de boias de segurança, o monitoramento é fundamental. Qualquer corpo dágua oferece riscos de afogamento. Para evitar esses riscos, a supervisão constante de crianças por pais ou responsáveis deve ser feita mesmo na presença de guarda-vidas, enfatiza o major.
Para os adultos, além das orientações já mencionadas, é aconselhável evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água, pois o álcool pode prejudicar a coordenação motora, a capacidade de julgamento e a percepção dos perigos, aumentando o risco de acidentes e afogamentos.
Ao nadar em águas abertas, como rios e lagos, é essencial evitar locais perigosos ou desconhecidos. Além disso, é fundamental verificar as condições da água, estar atento às correntezas e mudanças climáticas que possam indicar a ocorrência de chuvas, por exemplo.
Não se afaste das margens, principalmente em locais de águas turvas e de forte correnteza em casos de rios, pois há risco de cair em bancos de areia ou buracos com redemoinhos. Não salte de locais elevados e não pule de cabeça dentro dágua. Isso pode causar lesões graves em locais rasos ou com objetos submersos, adverte o major.
Já para quem opta por um banho de piscina, principalmente em casa, onde o ambiente é mais informal e em família, a recomendação é instalar cercas e limitar o acesso para garantir que sejam usadas apenas sob supervisão. Também é importante proteger os ralos de sucção para evitar acidentes e impedir o acionamento desses dispositivos enquanto a piscina está em uso.
Ainda de acordo com o major Saboia, seguir essas dicas de prevenção pode garantir um passeio aquático seguro. No entanto, se o cidadão se deparar com uma situação de afogamento e não saiba como proceder, a recomendação é acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar pelo número 193.
A cada 90 minutos um brasileiro morre afogado, segundo os dados da Sobrasa. Por isso, caso você presencie um afogamento, jogue um objeto flutuante para a pessoa e ligue imediatamente para o 193. Em geral, as pessoas que tentam salvar outras, sobretudo em águas abertas, também acabam se afogando. O Corpo de Bombeiros Militar está pronto para lidar com qualquer emergência em ambientes aquáticos e fornecer o socorro necessário., concluiu.